Festivais
Sónar Lisboa: Príncipes que foram reis
Nídia e DJ Marfox assumiram (e bem) a pista de dança.
Os produtores portugueses Nídia e DJ Marfox, da editora lisboeta Príncipe, trouxeram, ao Pavilhão Carlos Lopes, os sons contemporâneos da lusofonia, calorosamente bem recebidos pelo público.
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Nídia puxou das suas origens africanas e apresentou um set composto por ritmos tribais e beats de kuduro, por entre versões de O Sol, de Vitor Kley, ou até Satisfaction, do produtor italiano Benny Benassi. Várias críticas sociais, envolvendo o período dos descobrimentos e a igreja, acompanharam a atuação, com especial destaque para exibição de uma imagem adulterada dos Painéis de São Vicente de Fora.
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DJ Marfox, fundador da Príncipe, é um nome incontornável na divulgação do afrobeat, na última década, influenciado pelo intercâmbio cultural dos locais onde nasceu, São Tomé e Príncipe, e onde cresceu, nos subúrbios de Lisboa. Foi essa viagem, marcada por ritmos frenéticos, kizomba, kuduro e afro house, que trouxe à pista de dança do Sónar. Músicas como Vuvuzela, de Buraka Som Sistema, Bazuka, assinada por Batida, projeto do luso-angolano Pedro Coquenão, e DÉGRÁ.DÊ, produzida por Marfox para o Festival da Canção da RTP, marcaram também o ritmo desta primeira noite.
