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Sónar Lisboa: Regresso estrondoso de Pongo
Em noite de aniversário, Pongo ofereceu um presente memorável.
Na noite em que celebrou 30 anos, Pongo apresentou-se no palco indoor do Pavilhão Carlos Lopes, com disco novo, Sakidila, lançado no início de abril. A expectativa era elevada, pelo novo trabalho, mas também para ver como seria este regresso a Lisboa, após conquistar os palcos e a crítica internacionais, nos últimos anos, com o seu kuduro e afro house.
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Cedo se percebeu que estavamos perante algo de extraordinário e estrondoso. Acompanhada por bateria, sintetizadores e bailarinas, Pongo, que confessou estar doente (imaginem se não estivesse!), transpirou energia, foi sempre agitadora e colocou os níveis de adrenalina bem lá no alto, com temas como Quem Manda no Mic, Tambulaya e Baia. Do novo álbum, Hey Linda, Doudou e Bruxos tiveram também boa aceitação de um público completamente rendido e em ponto de rebuçado desde cedo.
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Pongo não abrandou, pelo contrário, e manteve o ritmo sempre elevado. Na hora de recordar Wegue Wegue, aqui numa nova versão, convidou duas jovens, que estavam na frontline, a subir a palco para a acompanhar na coreografia. No final, inverteram-se os papéis e Pongo desceu para junto do público, para um verdadeiro momento de apoteose com Uwa.
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Pongo terminou o concerto sob uma grande ovação e a promessa de um “até já” a Lisboa, que tem o kuduro no ADN. Sem reservas, afirmamos que este espetáculo incendiário foi, com toda a certeza, um dos momentos mais altos do festival. Pongo evoluiu como artista, demonstra segurança, exibe felicidade a cantar e está pronta para grandes palcos. Lisboa não esqueceu o kuduro, não esqueceu Pongo e queria mais. Podemos repetir?!
