Rui Maria Pêgo fala sobre o Dia Internacional da Mulher: “sinto-o mais como um dia de vergonha”

Para Rui Maria Pêgo, o Dia Internacional da Mulher não é um dia para celebrar mas sim um “dia de vergonha”.

No Dia Internacional da Mulher, Rui Maria Pêgo escreveu um longo texto nas suas redes socais onde fala sobre as injustiças que as mulheres ainda sofrem hoje em dia.

“Talvez seja do meu sono, mas este não é um dia celebratório para dar chocolates e usufruir de descontos. Bom, no fundo, pode ser o que se entender, mas sinto-o mais como um dia de vergonha. Há demasiadas mulheres sem voz e sem qualquer hipótese de mudar as suas circunstâncias. O fosso entre homens e mulheres ainda é fundo e cheio de jacarés”, começou por dizer o locutor.

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A acompanhar um vídeo onde o filho de Júlia Pinheiro imita a mãe em metade do seu rosto, o jovem relembra que todos os homens têm um lado feminino. “O maior de todos esses precipícios vive nos homens que ainda acham que não vieram de uma mulher, que não vão ter filhas ou que nada têm de feminino. Somos todos tudo. Só somos homens depois. Convém não esquecer isso.”

“No início, aí, dentro das nossas mães, não éramos verbo e costelas perfeitas; éramos Eva. Os testículos só chegam mais tarde para o café. Por isso, que se honre mulheres como a Eufémia, que se abra espaço para que quem quer fazer justiça ao que sente nos ossos – ser mulher – que nisso se possa transformar se tiver nascido fisicamente masculino (os testículos podem ficar para outra ocasião).”

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“Que se defenda quem não consegue falar, que se leve educação e se espante a sombra e, pelo caminho, que se lute para sermos todos tudo. Somos todos tudo, repito.”

Rui Maria assume-se sortudo pelo exemplo que tem das mulheres que o rodeiam. “Tenho sorte. A minha vida está cheia de mulheres extraordinárias. São heroínas de todos os tipos e energias e também testemunhos com pernas de como o sexo informa quem somos mas não tem de nos definir.”

Vê aqui como Rui Maria Pêgo se transformou (em metade) na sua mãe:

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