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Imploding Stars em entrevista

Imploding Stars
©Carlos Teixeira

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Imploding Stars em entrevista

Os Imploding Stars estão a apresentar o álbum «A Mountain and a Tree», mas dizem que é em palco que a identidade da banda se completa. Se na música não precisam de palavras para transmitir a mensagem, trocaram algumas com o MYWAY, e falaram sobre o que aí vem.

 

MYWAY: Vocês estão a lançar o álbum «A Mountain and a Tree», que surge depois de algumas mudanças de alinhamento na banda. sentem que esta é a vossa identidade, ou vêem-se como uma banda sempre em mudança?

Filipe Oliveira: Nós de facto já sofremos algumas alterações a nível de formação. O nosso primeiro EP – que é de 2011 – o «Young Route» também é um bocadinho diferente em relação a este disco, são os dois na base do post-rock, claro, era se calhar um bocadinho mais progressivo, um bocadinho mais rock, digamos assim. O «A Mountain and a Tree» é um post-rock mais puro, um disco bastante sensorial, muito melódico e viajante. É essa a grande diferença, assim como algumas pessoas que entraram, e outras que saíram. Neste momento, com os cinco, acho que chegámos à identidade que sempre quisemos para a banda, e acho que foi o fechar do círculo.

 

MYWAY: Logo o nome «A Mountain and a Tree» transporta-nos para uma ideia muito bucólica nas canções. Sentem que isso representa o vosso som?

FO: Sim, sem dúvida. «A Mountain and a Tree» também é o nome de uma música, e se me perguntassem: ‘qual é o vosso tipo de post-rock?’, a música que eu ia mostrar seria essa. Embora não seja single do disco – porque também é bastante comprida – é essa a música que nos define melhor enquanto banda.

Jorge Cruz: Não só essa, todas as músicas nos definem.

 

MYWAY: As vossas canções são instrumentais. É mais fácil ou mais difícil passar uma mensagem dessa forma?

Ambos: Mais fácil.

FO: Se calhar para o ouvinte é mais difícil chegar lá, mas para nós é mais fácil expressar aquilo que sentimos através das melodias, e dos instrumentais.

 

MYWAY: O processo de composição parte de um conceito, ou as ideias vão crescendo com as canções?

FO: Acho que é mais ir fazendo. Naquele dia estamos a sentir seja o que for, e isso reflete-se na música mesmo sem ser intencional. Depois a partir daí passamos a ligar a música a esse momento em que foi composta, se foi um dia mau ou um dia bom…temos músicas mais tristes e mais alegres, acho que é o reflexo da vida pessoal de cada um. É assim que passamos a mensagem.

 

MYWAY: A mensagem atravessa o disco? As músicas podem ser ouvidas separadamente?

JC: Algumas podem.

FO: Algumas podem, mas este disco foi feito de uma forma um bocado linear. Foi composto quase todo de seguida, e acho que deve ser ouvido como um todo, da primeira à última faixa, faz sentido, há uma ligação. Mesmo se leres os títulos das músicas, consegue-se perceber isso, e consegue-se perceber a evolução. Há algumas músicas que é estranho ouvirem-se soltas. Temos algumas faixas que estão partidas em dois no disco, e ao vivo, por exemplo, é uma música só.

 

MYWAY: Ao vivo também interpretam as canções na sequência do álbum?

FO: Sim, a setlist ao vivo é exatamente o disco da primeira à última faixa. Daí que deve ser ouvido como um todo. Claro que as pessoas podem ouvir como quiserem, mas para nós diz mais assim.

 

MYWAY: Quando as canções chegam ao palco, já terminou o ciclo de vida delas, ou continuam a crescer quando as tocam?

FO: É muito mais intenso, e mais dinâmico, sentimos mais os altos e baixos da música. É uma experiência diferente.

 

MYWAY: O facto de terem as canções instrumentais dá-vos mais liberdade em palco?

FO: Sim, muito mais liberdade para explorar, não há forma possível de comparar.

JC: Nós até nos concentramos mais nos concertos do que no álbum. Os concertos é o que queremos mesmo transmitir.

FO: Se alguém gostar, e gostar do disco, deve mesmo ver ao vivo, porque é completamente diferente. Temos mesmo tido um feedback em relação a isso, pessoas que dizem: ‘o disco está bom, gostei, mas ao vivo é completamente diferente».

 

MYWAY: Isso ajuda-vos a compor novas canções, ou quando estão a apresentar um disco estão completamente concentrados nele?

FO: No início foi ensaiar o disco exaustivamente quase todos os dias. Agora que está tudo alinhavado, basta um ou dois ensaios por semana para manter, e estamos já a pensar neste momento em começar a compor para um novo trabalho. Estamos a pensar em talvez para o ano mandar qualquer coisa para fora.

 

MYWAY: Têm alguma ideia do que querem fazer, ou ainda está muito no início?

FO: Muito embrionário…já se falou em algumas coisas, mas ainda não há nada em concreto.

JC: Há algumas ideias…

FO: Estamos a pensar em conceitos, seguir ou não seguir este para uma segunda parte…uma continuação. Este disco concentra-se muito na relação homem natureza, no que é que lhe fazemos, e ela nos faz…o nosso single termina com uma espécie de «final da terra», se calhar talvez aproveitar isso para o segundo disco, ou mudar radicalmente a viagem, é nisso em que estamos a pensar.


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