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KONGOS: «Passamos mais tempo na estrada do que em casa»
Antes do concerto dos OneRepublic em Lisboa, na passada sexta-feira (21 de Novembro), o rock dos KONGOS subiu ao palco, e chamou a atenção. Antes do concerto, fomos falar com esta banda de irmãos (Kongos é o apelido) que passou a infância entre o Reino Unido e a África do Sul, e que agora chama casa à estrada.
Como é que tem estado a correr a digressão?
Jesse: Tem sido extraordinário. Cada um dos concertos tem sido muito satisfatório. Começámos em Dublin há cinco semanas, e andámos por toda a Europa a fazer concertos em grandes arenas. Tem sido muito importante olhar bem para grandes multidões, onde na maioria das vezes não somos reconhecidos.
É mais desafiante por causa disso, ou quando actuam em nome próprio sentem a responsabilidade de estarem por vocês próprios?
Jesse: De muitas formas não é tão desafiante, porque muita da produção está tratada, o catering…Só tocamos 45 minutos. Ao mesmo tempo, quando tocas para a plateia de outro grupo tens de os convencer, nesse aspecto é um desafio, mas gostamos muito.
Ainda durante a digressão com os OneRepublic, anunciaram uma tournée em nome próprio para 2015. Sentem-se em casa quando estão na estrada?
Dylan: Passamos mais tempo na estrada do que em casa, na verdade.
Esse tempo na estrada é facilitado por serem irmãos, ou é mais difícil?
Dylan: Não sabemos, porque nunca estivemos em digressão com outras pessoas. Temos uma equipa connosco, e no próximo ano ainda vamos ter mais pessoas, por isso estamos muito habituados a estar na estrada com qualquer pessoa, mas tentamos escolher boas pessoas para estarem à nossa volta. Crescemos juntos enquanto irmãos, portanto, obviamente vivemos juntos toda a nossa vida. Agora é só fazermos isso num espaço mais apertado, num autocarro.
Vocês lançaram o álbum «Lunatic» há dois anos, e foi reeditado este ano. Já pensam em nova música?
Jesse: Não, definitivamente pensamos em nova música, mas precisamos de encontrar tempo para gravar como deve ser, porque temos uma agenda muito apertada de digressão.
E já sabem como vão soar as vossas próximas canções?
Johnny: Temos definitivamente uma forma no som que estamos a criar. Vai definitivamente continuar no caminho do nosso som actual, mas vai mudar, vai-se adaptar.
Tiveram tempo para ver alguma coisa do país?
Jesse: Não. Chegámos esta manhã. Eu vou ficar um dia extra para ver Lisboa, mas geralmente em digressão temos no máximo um dia de folga, e normalmente focamo-nos em tentar encontrar alguma coisa para comer, e descansar.
Daniel: Infelizmente, todos os dias de folga que tivemos foram em sítios onde já tínhamos estado, e não queríamos particularmente voltar a ver. Se a tour fosse ao contrário, e tivéssemos dias de folga em Portugal, em vez de no Reino Unido, isso seria óptimo.
Mas sentem diferenças nas multidões de país para país?
Todos: Sim, definitivamente.
Johny: Conseguimos perceber que há cidades onde temos mais fãs do que outras, mas também a culturas criam diferentes tipos de plateias. Por exemplo, as multidões do Mediterrâneo são mais barulhentas…
Dylan: Os polacos gostam de festa!
Jesse: Os germânicos são um bocadinho mais…(cruza os braços): ‘hm hm, estou a ouvir-te’.
Dylan: Mais reservados.
Daniel: As plateias do Reino Unido estão a dizer piadas uns aos outros (risos). Estou a brincar, estou a brincar!