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Reportagem: A música de pormenor de Yann Tiersen no CCB

Nádia Dias para o MYWAY

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Reportagem: A música de pormenor de Yann Tiersen no CCB

Yann Tiersen é a personificação do conceito de músico. Lançou o primeiro disco com 25 anos e nunca deixou de ter sucesso. O reconhecimento veio com as bandas sonoras de «O Fabuloso Destino de Amélie Poulain» e «Goodbye Lenin», mas foi a sua sede de se redescobrir na música que continuou a pôr discos cá fora. Os tempos modernos têm sorte em ter Yann Tiersen como representante da música de vanguarda e o Centro Cultural de Belém teve o bom gosto de o trazer de volta a Lisboa. Depois da passagem pelo LX Factory em 2011, foi a sala de espectáculos que o recebeu em 2009 que o voltou a receber em 2014. Mas desta vez trouxe consigo «Infinity», o seu oitavo álbum de estúdio mascarado de símbolo do infinito.

Foi com o último tema de «Infinity», « Meteorites», que o multi-instrumentista francês deu inicio ao seu segundo concerto do dia – poucas horas antes, pelas 16h, aquelas mesmas cadeiras tinham sido ocupadas por outros fãs (atrasados na compra dos bilhetes para a sessão das 21h). O novo álbum tinha lugar de destaque e afirmou-se como uma nova reinvenção do seu criador. Resultado de uma inspiradora estadia na Islândia, «Infinity» mostra as experiências de Yann Tiersen com instrumentos acústicos e brinquedos de criança, posteriormente transformadas no computador. E, tanto como em qualquer um dos seus trabalhos anteriores, o músico francês trabalha os detalhes. Ao vivo, os temas revelam-se como músicas de pormenor, como que frutos de um estudo milimétrico. E, no papel de espectador, vale a pena entender aquelas camadas de instrumentos.

Enquanto os seus músicos ocupavam a parafernália de instrumentos, Yann Tiersen saltitava entre eles. Piano, melódica, guitarra, violino, xilofone, teclados, voz… todos estes postos foram ocupados por ele à medida que corria os temas dos mais recentes «Infinity», «Skyline» (2011) e «Dust Lane» (2010), ou temas mais antigos como «La Dispute» ou «La Crise». Num alinhamento bem conseguido, Yann Tiersen combinou as baladas negras, os clássicos românticos e as músicas ambientais maioritariamente provindas dos últimos discos, tudo no mesmo espectáculo. Uma refeição musical completa para um auditório esgotado e satisfeito.

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