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Salto: «Estamos mesmo à procura do nosso som»

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©Divulgação oficial

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Salto: «Estamos mesmo à procura do nosso som»

Os Salto estão quase a lançar o sucessor do homónimo álbum de estreia, editado em 2012, mas antes, a digressão. Apenas com o single «Mar Inteiro» para ouvir do que aí vem, a banda de Luís Montenegro e Guilherme Tomé Ribeiro faz-se à estrada, e chega aos palcos revista e aumentada. Tito Romão, e Filipe Louro são as novas aquisições, e ajudam a moldar o novo som. Luís Montenegro explica-nos.

 

 

MYWAY: Os Salto estão em digressão ainda antes de lançarem o álbum. Há alguma possibilidade de esse álbum estar completamente diferente quando terminarem?

Luís Montenegro: Completamente diferente não, mas influenciado sim. As músicas ao vivo, os concertos, e a dinâmica com que nós costumamos fazer as coisas abre a possibilidade de fazer com que a experimentação concerto entre para o álbum. É um bocado em contraponto com o que fizemos no outro álbum, que foi feito completamente em estúdio, antes de ser tocado ao vivo.

 

M: Foi por isso que decidiram fazer isto nestes termos? Tinham como objectivo fazer algo completamente diferente?

LM: Não foi um objectivo, foi uma vontade um bocado natural que nós sentimos de as músicas estarem um bocadinho mais entregues ao concerto, e à sala de ensaios. Uma pessoa está a tocar e imaginar uma estrutura, uma maneira de as coisas funcionarem, se vão resultar ou não… (Neste caso) não, está ali um bocadinho mais entregue ao momento. O entusiasmo e a espontaneidade são mais postos em relevo.

 

Sentes que as músicas do álbum anterior foram mudando com a digressão, depois de já estarem acabadas no estúdio?

LM:Sim, exactamente, muitas das coisas que nós tínhamos feito no estúdio, ou resultavam mal ao vivo, ou simplesmente não tínhamos mãos para tocar.

 

Este próximo álbum vai também ser o primeiro com a banda a quatro. De que forma é que isso influenciou o vosso som?

LM:O input criativo é sempre maior, há mais cabeças, há mais arranjos postos e propostos. Nós gostamos muito do Tito e do Filipe, e o input criativo deles é muito interessante, têm a sua particularidade, os seus gostos pessoais muito vincados.

 

Vocês lançaram recentemente o single «Mar Inteiro». Ouvindo-o, conseguimos ouvir o que vem aí?

LM:Hhhmm…Acho que ouvindo-o conseguem sentir a ideia do álbum, mais do que propriamente o som. O disco não está completamente acabado, por isso não consigo dizer exactamente como é que vai soar ou não, mas pronto, acaba por ser uma cena veranil, e virada para o primeiro álbum, mas ao mesmo tempo mais orgânica, um bocadinho mais surf rock.

 

Onde é que foram buscar inspiração para este trabalho?

LM:Isto é um bocado um aglomerado do que aconteceu durante estes últimos dois anos. Acaba por ser um grande desafio porque gostámos de muita coisa, ouvimos e tocámos muitos concertos, acho que há uma série de referências muito grandes. Não te consigo dar assim duas ou três referências que nos levaram a fazer este segundo álbum…há sem dúvidas coisas mais preponderantes do que outras. Por exemplo, se calhar o primeiro álbum do Caribou, foi uma influência muito grande quer com o que ele faz com a parte electrónica, como ao vivo, e também uma parte um bocadinho mais orgânica mais trazida por muito Unknown Mortal Orchestra…mas lá está não te consigo dizer ao certo se houve uma referência, se há aqui uma tipologia de som. Estamos mesmo à procura do nosso som, e por isso é que faz sentido esta tournée, só assim é que consegues mesmo descobrir o que é que te marca mesmo sonicamente.


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