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D.A.M.A – Por dentro do concerto em Lisboa
Todas as fotografias tiradas por Nádia Dias para o MYWAY
Os D.A.M.A actuaram a noite passada no Armazém F., em Lisboa. O motivo era a apresentação do álbum «Uma Questão de Princípio», e o MYWAY esteve por dentro do concerto, desde os bastidores até à subida ao palco de uma noite vitoriosa para a banda de Francisco Maria Pereira, Miguel Cristovinho, e Miguel Coimbra. Salvador Seixas são convidados no álbum, e também foram convidados de palco.
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Os D.A.M.A cresceram na estrada. Foram muitos quilómetros até chegar a Lisboa de disco na mão, e isso nota-se na naturalidade e segurança de quem sabe exactamente o que está a fazer. Com ar de miúdos que tocam guitarra na praia, misturam rap em pop perfeitinha, e faz sentido. Na maior parte das vezes, Cristovinho ocupa-se das melodias, enquanto Miguel e Francisco tomam conta do rap. As letras, essas andam entre o desgosto e o flirt de sorriso no canto da boca. Os D.A.M.A sabem que não podem ser quem não são, nem querem. «Sente a minha magia» chega logo no segundo lugar de alinhamento, e serve de carta de apresentação: «Não faço menos hip-hop por ter mais notas na carteira». Fica assim arrumada a questão da legitimidade, e a certeza de que ser real também passa por aqui.
A descontração dos D.A.M.A em palco é ajudada pela química entre os três, mas também com a muito competente banda que os acompanha. Logo a abrir, «Na Na Na» torna-se mais robusta em palco, e a versão de «Retratamento», dos Da weasel, ganha velocidade, e ninguém tropeça. Ainda no capítulo «química», inclui-se a participação dos convidados Salvador Seixas e Mia Rose. Salvador subiu ao palco para a «Balada do Desajeitado» e trouxe um dos melhores momentos do concerto, com as fãs em loucura perante um dos maiores sucessos interpretados pelos D.A.M.A. O carinho partilhado entre a banda e o cantor, que se desfazem em sorrisos e elogios mútuos, é bonito de se ver. O mesmo aconteceu com Mia Rose, que emprestou voz e identidade a «Secrets», que se torna tanto dos D.A.M.A como de Mia. A simbiose com a cantora é bem-sucedida e bem recebida. «Às vezes» é provavelmente o melhor momento do álbum dos D.A.M.A, e isso comprova-se em palco, com o tema a já ser cantado de cor.
«Luísa» e os seus assobios era, naturalmente, uma das canções mais esperadas, e foi das mais celebradas, com as luzinhas distribuídas pela plateia a ajudarem a espalhar magia. Os assobios foram substituídos por «nananas», Jason Mraz e «I’m yours» «entraram» pelo meio, e a música foi acelerada quase até ao infinito. Tirou-se pé do chão, e puseram-se sorrisos na cara. Os sorrisos atravessaram a versão de «Torn», que a banda já tinha apresentado na primeira parte do concerto dos One Direction, conquistando o coração das fãs que já tinham a versão cantada pela banda britânica do original de Natalie Imbruglia. De emoções ao alto, verificamos que um clássico dos anos 90 já se tornou um clássico para muita gente que nem tinha nascido no ano em que a canção original foi lançada.
No final, todos juntos, banda e convidados, voltam ao «desajeitado» com expressões realizadas e triunfantes. Nem faz mal se os balões de celebração não todos saíram a horas, a missão estava cumprida com distinção.
Alinhamento
Na Na Na
Sente a Minha Magia
Balada do Desajeitado – Com Salvador Seixas
Retratamento (Versão de Da Weasel)
Popless (Versão de GNR)
Eu sei
Já não quero falar
Secrets – com Mia Rose
Quer
Mentiras
Luísa
Encore
Às vezes
Torn
A Balada do Desajeitado
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