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Moonspell em Lisboa: O regresso a casa da alcateia
A meio de uma digressão ininterrupta de apresentação do novo álbum «Extinct», os Moonspell aterraram aterrou num Coliseu de Lisboa praticamente cheio para os receber. A estrada, já se sabe, é a casa deles, mas Lisboa é ainda mais.
Com mais de vinte anos de carreira, os Moonspell não se sentam sobre os louros e fogem à tentação de basear o alinhamento no passado. Ao longo de quase duas horas, a banda equilibrou o alinhamento entre o passado e o novo trabalho, e quase sempre triunfaram. O facto de «Excinct» ser um álbum apresentado como «menos ficcional» do que os anteriores não impede que a teatralidade que um concerto de Moonspell implica esteja presente. Isso ficou claro logo na entrada gloriosa ao som de «Breathe (Until We Are No More)», e «Extinct», que mostraram que o lado orquestral do álbum funcione muito bem ao vivo.
Temas como «Night Eternal», «Opium», ou «Vampiria», que são já hinos para os fãs da banda, ou «Domina», do novo «Extinct», e o gutural «Em nome do Medo» (cantado com Rui Sidónio, dos Bizarra Locomotiva) são recebidos em maior apoteose. Naturalmente, ao vivo funcionam melhor as canções mais agressivas, em que a bateria de Mike parece voar, mas isso não quer dizer que quando o canto ultrapassa o grito, e os violinos acalmam o mosh, as canções não tenham sido bem recebidas por uma alcateia fiel.
Em noite especial, além da dupla primeira parte, com Bizarra Locomotiva e Septicflesh, a banda contou com convidados em palco. Rui Sidónio juntou-se aos Moonspell para um dos momentos altos da noite, com «Em nome do Medo», e «Raven Claws» foi cantado com o apoio da espanhola Mariangela Demurtas, vocalista dos Tristania.
Para o final, o clássico «Alma Matter» elevou a multidão no habitual momento de devoção. Depois da meia-noite, soltaram-se os lobisomens, uivou-se à lua, e a banda reservou a celebração dos vinte anos do álbum «Wolfheart» para o final, com «Wolfshade (A Werewolf Masquerade). «Mephisto» e «Full Moon Madness», no regresso a Irreligious, fecharam de vez o concerto de uma banda em topo de forma.
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