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O concerto celestial de Norberto Lobo na Igreja de St. George

©Luís Martins

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O concerto celestial de Norberto Lobo na Igreja de St. George

Usando o seu novo álbum como uma ode a este inverno rigoroso, Norberto Lobo escolheu o primeiro mês do ano para o apresentar em Lisboa. Em parceria com a Galeria Zé dos Bois, escolheu o negrume celestial da igreja de St. George, na Estrela, como o cenário apropriado para dar a conhecer o trabalho que lançou no final de 2014. Debaixo de um céu tão nublado como descoberto, a noite fez-se especialmente sombria e silenciosa para se ouvir «Fornalha».

Abraçado à sua guitarra e reservado à sua timidez, Norberto Lobo tocou o seu novo álbum de uma ponta à outra, como se estivesse a contar as histórias das nossas vidas, capítulo a capítulo, e a transformá-las numa só epopeia.

«Fornalha» é uma reinvenção do seu criador. O músico português voltou a explorar o instrumento da sua arte e nele encontrou a vulnerabilidade da música. Que se deixa moldar e expressar como se ela própria sentisse. E nós, como humanos, sentimos por ela; na nossa própria pele. Norberto Lobo dedicou-se neste álbum a uma nova experiência: a de tocar guitarra com arco – como se pode ouvir na faixa que dá nome ao disco – por influência do canadiano Eric Chenaux. Mas nas sonoridades, identificamos sons de todo o mundo, dos ritmos latinos aos asiáticos. Mas a viagem fazia-se num banco de uma igreja anglicana, onde a acústica ecoava na perfeição aquele dedilhar fervoroso, quase maníaco de Norberto Lobo. O mesmo guitarrista que, pela primeira vez, fez da voz também um instrumento, como um uivo de um Lobo.

Ontem, na Igreja de St. George, todos os sonhos se encontraram na mesma banda sonora. E o despertar veio acompanhado de uma ovação merecida a um músico irrequieto chamado Norberto Lobo.

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Fotos gentilmente cedidas por Luís Martins


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