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O espectáculo de consagração dos OneRepublic no MEO Arena
Segundo Ryan Tedder, a última vez que os OneRepublic estiveram em solo nacional foi há cinco ou seis anos, por ocasião de uma festa de aniversário, onde tocaram para não mais de 50 pessoas. A longa ausência e subsequente espera valeu um pedido de desculpas e uma promessa: «Eu vou compensar-vos», prometeu o vocalista, ainda no início daquele que iria ser o espectáculo de consagração dos OneRepublic em palcos portugueses.
A estreia oficial do grupo aconteceu na (provavelmente) única noite sem chuva da semana, numa ansiada sexta-feira de Novembro em que o MEO Arena se encheu para ouvir os triunfos da banda encabeçada por Ryan Tedder. Cantor, compositor e produtor, Tedder é responsável por inúmeros êxitos que não apenas os seus. Assinou temas como «Halo» de Beyoncé ou «Rumour Has It» de Adele, e participou mais recentemente na produção e/ou composição dos últimos álbuns de Taylor Swift, Maroon 5, Ariana Grande e U2. Por isso, é seguro dizer que Tedder sabe bem o que faz e para quem o faz. Afinal de contas, os singles dos OneRepublic multiplicam-se pelas rádios e televisões, e é quase impossível alguém afirmar de fonte segura que nunca ouviu um tema deles. E mais do que isso, o grupo não se contenta em apresentar as suas músicas. Em palco, engrandece-as.
Respeitando o alinhamento de concertos anteriores, os OneRepublic deram início à partida com o intro de «Don’t Look Down» e uma entrada grandiosa com «Light It Up». Escondidos atrás de uma cortina branca, deixaram as suas sombras a tocar o tema do seu mais recente álbum «Native» (2013), mostrando o seu pop rock leve e moldável num registo mais rock que pop. É então que cai o pano e começa o verdadeiro espectáculo, criado através de setas de luzes e visuais imprimidos na tela traseira. Numa passagem directa para «Secrets», o grupo norte-americano ganhou a primeira ronda de aplausos extasiados da noite. Mas muitas outras estavam por vir com temas como «All The Right Moves», «Stop And Stare, «If I Love Myself» e restantes êxitos espalhados pela setlist. Do inicio ao fim, Tedder manteve-se imparável na sua persona de estrela pop e irrepreensível na posição de vocalista com uma voz excepcional. Contudo, poder-se-á dizer que um dos melhores momentos do concerto chegou bem no início. Depois de pedir a ajuda do público em «What You Wanted», o músico acabou a filmar-se a si próprio e à plateia, exibindo nos grandes ecrãs a sua visão do espetáculo.
A par com «Counting Stars», «Apologize» foi o merecedor do melhor feedback da plateia, recebendo aplausos sentidos até no «solo» de violino. E não apenas por ser o single que catapultou o grupo directamente para o topo das tabelas, ainda no ano de 2007. Ainda acompanhado pela sua câmara, Tedder mostrou-se a tocar piano como num vídeo amador em tempo real, antes de ascender as notas até às conhecidas linhas de «Apologize», conquistando aí o seu público em pleno.
Durante a interpretação de «Good Life», Lisboa esteve em destaque nas imagens da tela, mas a capital mereceu ainda muitos outros elogios pela parte do vocalista. Falando do próximo álbum, Tedder confessou estar a escrever canções um pouco por toda a Europa: Dublin, Moscovo e… Lisboa. «Amo-vos», disse Tedder em bom português, antes de pôr um fim à noite. Mesmo antecipando uma despedida, depois de um bom espectáculo, o sentimento só poderia ser recíproco.
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