Connect with us

Placebo no Coliseu de Lisboa: o regresso esperado

©Nádia Dias para o MYWAY

Notícias

Placebo no Coliseu de Lisboa: o regresso esperado

Já lá vão vinte anos de Placebo. Vinte anos com muitos de juventude. Em idade graúda confesso-me fã acérrima de uns bons discos, mas tenho de me dar como desligada dos mais recentes, especialmente do último «Loud Like Love», que, apesar das letras fortes e concisas, contem uma dose pop-no-rock mais alta do que aquela que me é recomendada. Mas esse mesmo álbum foi também o motivo que trouxe o grupo londrino de volta a Portugal quatro anos depois do último concerto, que teve lugar no festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. Depois de uma longa viagem pela Europa, pelas Américas e pela Austrália, os Placebo resolveram atracar a sua digressão no Coliseu de Lisboa, onde deram o seu último concerto do ano.

Depois do êxtase que sucedeu a notícia do concerto, bateu a curiosidade. Ainda em Junho, dei por mim a procurar setlists para saber o que andavam estes meninos a fazer em concerto. Descobri – em jeito de confirmação – que as faixas do novo álbum ganhavam aos temas do passado, mas aguardei com igual ansiedade. Foi no próprio dia do concerto que espreitei o alinhamento do dia anterior, com lugar no Coliseu do Porto, e descobri uma vasta colecção de clássicos. E foi também assim que fiquei a saber que músicas como «Twenty Years», escrita há já dez anos, ou a já reinventada «Running Up That Hill»(êxito de Kate Bush) iriam ter direito a arranjos e novas versões.

no images were found

Mas foi com a eléctrica «B3», retirada do EP de 2012 com o mesmo nome, que os Placebo se apresentaram a um Coliseu esgotado. Prontos para mostrarem que, «For What It’s Worth», «Every You Every Me» continua a ser uma das malhas, aceleraram o ritmo dos riffs até criarem a propícia espiral de sentimentos, todos eles conduzidos pelas palavras de Brian Molko. O compasso abrandou para dar lugar a «Loud Like Love», tema e álbum. Sobre ele é preciso dizer que foi o resultado uma (quase) experiência a solo, que acabou por se tornar num álbum dos Placebo, onde só constam três temas dessas primeiras tentativas em nome próprio: «Too Many Friends», «Hold On To Me» e «Scene of the Crime». Nas letras Molko volta a reafirmar-se e mostra-se cada vez mais pessoal. Segundo o próprio, em «Loud Like Love» estão representadas dez histórias fictícias, baseadas nas suas experiências amorosas dos últimos 20 anos.

Depois da ronda de novidades, os Placebo voltaram a 2006 com «Meds», numa versão talvez demasiado lenta e arrastada, mas ainda assim forte. Mas foi com «Song To Say Goodbye» que recuperaram o fôlego, para poderem aguentar a pujança de «Special K» e «The Bitter End», a querer passar por tema final. Mas o público já quente e enfeitiçado não os deixaria partir assim, sem chuvas de aplausos e de bateres de pé. Como ditam os encores, Brian Molko e companhia voltaram ao palco para tocar mais dois pares de êxitos: a triste «Begin The End», a melancólica «Running Up That Hill», a intensa «Post Blue» e a última «Infra-Red», a encerrar o ansioso regresso dos Placebo, que deixaram a promessa de uma visita para breve a Portugal.

no images were found


Mais em Notícias

Advertisement

Mais Lidas

Advertisement
To Top