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20 anos de The Gift no MEO Arena: Reportagem

Isabel Vermelho ©

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20 anos de The Gift no MEO Arena: Reportagem

A verdade é que 20 anos não se fazem todos os dias, e a banda vinda de Alcobaça formada por Nuno Gonçalves, Sónia Tavares, John Gonçalves e Miguel Ribeiro provou isso mesmo no passado sábado no MEO Arena.

Aquilo que seria um projeto aliado à banda Dead Souls, de Nuno Gonçalves e Miguel Ribeiro, tornou-se em algo maior em 1994, com a entrada de Ricardo Braga e de Sónia Tavares para vocalista. Dando o seu primeiro concerto no Mosteiro de Alcobaça em 1995, foi aí que a ambição cresceu, tendo conseguido lançar o seu primeiro disco em 1997, intitulado «Digital Atmosphere».

E foi neste contexto de 20 anos de carreira, desde o seu primeiro concerto, que os The Gift festejaram com os fãs em Lisboa, no MEO Arena, com uma sala que estava praticamente cheia de fãs.

Foi depois de um countdown que assinalaria o ínicio do concerto, que um narrador começou a contar a história da banda, que entraria depois, pronta para cantar o Clássico, com uma explosão de confettis a acompanhar o início desta grande festa de aniversário. A voar, e com um vestido a rigor para a cerimónia, foi assim que Sónia nos cantou e encantou com «Juntos sou eu».

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Logo a seguir, voltámos aos tempos em que tudo começou com Laura, e essa primeira parte serviu exatamente para reviver esses primeiros tempos da banda.

Mas foi com Ok do you want something simple?, que a plateia realmente despertou e saiu da cadeira, para dançar à medida que Sónia Tavares cantava um dos maiores êxitos da sua carreira, vindo diretamente de 1998.

Butterfly, música de 2001, de «Film» também não é esquecida, e é introduzida por Nuno Gonçalves como a sua música favorita deste álbum.

Um dos momentos mais marcantes, foi certamente, quando as primeiras notas do piano de Nuno começaram a entoar, começando Primavera, um dos maiores êxitos da carreira dos The Gift, que data de 2012, e que deixou qualquer pessoa que esteve no MEO Arena emocionada. O certo é que foram poucas as pessoas que não cantaram, ao que a Sónia reagiu lisonjeada «Oh, que lindo, obrigada!», depois de ter parado de cantar para ouvir apenas o público.

Para voltar aos tempos de «Explode», dançou-se ao som de Made for You, passando por Question of Love, retomando depois com RGB, com os ecrãs repletos de vermelho, verde e azul, assim como as luzes, fazendo a plateia aplaudir ainda antes de começarem os primeiros acordes.

Driving You Slow foi a música seguinte e teve direito a uma grande surpresa. Nuno Gonçalves referiu que os The Gift também são feitos da imagem, introduzindo assim Luna, a figurante do videoclip ao palco, que se vestiu a rigor para acompanhar Sónia Tavares.

Voltando a 2001, a «Film», com Front Of, Sónia Tavares disse, antes de começarem a tocar, que este disco não foi feito de forma fácil, e que houve tempos difíceis durante a sua execução, tanto que quando o finalizaram às seis da manhã, adormeceu com Nuno no sinal vermelho do trânsito.

Em The Singles, não foi só a Sónia que dançou e cantou em palco. Nuno Gonçalves, como é habitual, saiu eufórico do seu piano, e foi ter com a Sónia, cantando e saltando com ela, à medida que a música ia evoluindo. Um momento que mostrou a cumplicidade única entre os membros da banda, e que não nos deixou indiferentes.

A seguir, o narrador veio presencialmente a meio da plateia declarar, entre muitas outras coisas, que «tudo começou num sótão, num sótão com vistas largas para o Mosteiro que parecia não ter fim», reforçando que as surpresas não acabavam por aqui, desviando os olhares dos espetadores para o que estaria a acontecer no teto do MEO Arena. E foi quando de repente, começaram os primeiros acordes de Fácil de entender, e vimos um palco a descer, com Nuno Gonçalves, enquanto que Sónia Tavares voava outra vez por cima do público, até ir ter com Nuno, provocando um dos momentos mais bonitos do concerto.

Depois de ter tocado My way, de Frank Sinatra, em Guimarães no outro fim-de-semana, para comemorar os 100 anos no seu nascimento, Sónia disse que apesar de não estar planeado para este concerto, iam cantar outra vez, porque o «momento foi tão bonito, que quisemos partilhá-lo outra vez com vocês», proporcionando um momento de karaoke não só para os fãs como para os próprios The Gift.

De volta ao palco principal, os The Gift acabaram o concerto com Music, voltando a 2006, com uma das músicas mais emblemáticas da banda, fazendo ainda uma brincadeira, em que a Sónia cantou alguns versos da «Chandelier», de Sia. Neste final, que se pode dizer épico, o público não ficou calado, enquanto no ecrã podíamos ver fotos dos ensaios e do início do concerto.

«Can’t Help Falling In Love», de Elvis Presley, foi a música que fechou o concerto, enquanto a banda se despedia emocionalmente do público, que tão bem a tem acolhido ao longo destes 20 anos.

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No fim, depois de três horas de concerto, ainda houve tempo para autógrafos e fotografias, para os mais pacientes, e também para os mais loucos, porque a fila não era de todo pequena.

E por agora, é esperar pelo próximo álbum, que sairá em 2016, e quem sabe por mais 20 anos! Obrigada The Gift, por terem festejado de forma tão única vinte anos de uma carreira, que não fica por aqui.


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