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Dengaz no Coliseu de Lisboa – Reportagem

Dengaz no Coliseu

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Dengaz no Coliseu de Lisboa – Reportagem

«Acho que é hoje que eu vou chorar». Foi assim que um agradecido Dengaz se apresentou esta sexta-feira, na primeira vez que subiu ao palco do Coliseu de Lisboa em nome próprio. A pouco tempo de se lançar num novo capítulo, o músico fez o balanço e atravessou a carreira com canções, incluiu toda a família de fãs (Ahya Family, como são chamados), e quase todas foram cantadas de volta.

Muitas vezes, «concerto especial» é sinónimo de aposta na imagem do espectáculo. Dengaz virou-se quase em exclusivo para a música, e venceu. Com uma banda vasta que incluía mesmo um quarteto de cordas, e um alinhamento cuidado, as canções cresceram até à dimensão da sala que as abrigava. O palco estava cheio, e assim soava.

Ouvir Dengaz a atravessar a carreira em canções, é escutar-lhe o crescimento. Ouvindo «Deixem falar», ou «O.D», ainda de «Skill, Respeito e Humildade» (2010) e os novos temas «Rainha», ou «Tamojunto», torna-se particularmente evidente a mudança de tom de luta contra quem o tentaria empurrar para baixo, para o tom de paz com quem o ajuda a manter-se por cima. A paz de Dengaz não é sinónimo de apatia, e a mensagem de trabalho pelos objectivos e ideais vai atravessando o concerto, quer nas melodias, quer nas letras de cabeça erguida de temas como «Eu consigo», ou «Neva Give Up». Foram, no entanto, duas das músicas mais calmas de Dengaz a ter as maiores reacções. «OBrigado», dedicado aos fãs com a voz quente de Dino Santiago, e «Em Casa», um dos momentos mais confessionais do músico (além da raridade «Homem sem alma», que Dengaz disse ter escrito num dos momentos mais difíceis da sua vida), dedicado a toda a gente que já perdeu alguém, levaram a que muitos telemóveis se levantassem, em conjunto com as vozes que repetiam a letra de cor.

Entre as mais celebradas, esteve também o elogio ao feminino com «Rainha», seguida, apropriadamente, de «Encontrei». O tema, que conta com a preciosa colaboração de Agir – também convidado – foi escrito por Dengaz para a sua mulher, e foi por ela que procurou na plateia. Tal como na canção, encontrou-a, e voltou a dedicar-lhe o tema: «se vocês têm uma música para dedicar às vossas pessoas especiais, a culpa é dela», disse, e todos derreteram.

Em concerto marcado pelo rap e pelo RnB, o reggae foi rei com a chegada de Richie Campbell para um dos momentos maiores do concerto. Richie, amigo de Dengaz há vários anos, cantou «From The Heart», e conforme Dengaz tinha pedido, a casa quase veio abaixo. «Não há ninguém no mundo que mereça mais isto do que o Dengaz», disse Campbell, e o tema soou a sonho cumprido.

Para o fim, o início do que aí vem: «Tamojuntos», a colaboração de Dengaz com o ausente Marcelo D2, pronta para levantar plateias. O «menino da linha que põe o palco on fire» já foi de Cascais ao Rio, e parece que não fica por aqui.

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