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NOS Alive: segundo dia

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NOS Alive: segundo dia

O Segundo dia do NOS Alive ficou marcado pela constante alternância de estilos musicais. Se o inicio de tarde no palco NOS foi mais «pesado» para alguns, com os portugueses Blasted Mechanism e os ingleses Marmozets, para outros, o final da tarde foi mais leve e romântico.

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Os estreantes australianos, Sheppard, foram exemplo de alegria e trouxeram cor (a começar pelos cabelos azuis da vocalista, Amy Sheppard) ao festival. «Something’s Missing» e «Let me down easy» foram dois dos singles tocados. Mas foi no final, com o êxito «Geronimo», que o grupo dos irmãos Sheppard pôs uma multidão a saltar. A banda que surgiu do nada e conquistou logo nomeações para os ARIA AWARDS em 2013, confessou não saber se tinha fãs em Portugal. Mas uma coisa é certa, depois do concerto que deram dificilmente voltam a passar tão despercebidos pelo recinto, como passaram durante este dia 10.

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O palco Heineken manteve-se fiel àquilo que já nos tem habituado. E os Kodaline não foram exceção. Pisaram o palco da cerveja, logo a seguir a Bleachers (que também marcaram a tarde no Heineken, com um saxofone que pôs ao rubro toda a gente). Os primeiramente conhecidos como 21 Demands, se voltarem ao NOS Alive numa segunda vez, já mereciam um palco principal. Com uma legião de fãs cada vez maior, os irlandeses aqueceram corações ao som de «High Hopes» e «All I Want». Este quarteto de Dublin há muito que já não é mais uma banda que surgiu de um concurso de talentos, mostrando uma identidade muito própria, dentro do género de The Fray.

A banda revelação de 2010, pelos Grammys, manteve o clima mágico da noite. Antes de Prodigy virem contrastar completamente com o ambiente gerado. Foi ao som de «I Will Wait», «Lover of the Light», «Little Lion Man» ou «Believe», sendo esta última já pertencente ao álbum que saíu este ano («Wilder Mind»), que se fez a festa dos Mumford and Sons cheia de banjos, pandeiretas e guitarras. Os vencedores de dois BRIT awards continuam a dar provas do seu talento, que esgota coliseus, como o de Lisboa em 2013, e a demonstrar o seu afeto pelo povo português. Num espetáculo interativo com o público, o vocalista admirou a paixão que corre nas veias do povo lusitano. ´

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Entre o mix musical existente neste dia, faltava também uma referência ao Palco Clubbing. Pelas 23h25, Batida tomavam as rédeas do festival, invadindo com alma e movimento os corpos da plateia. Para quem não conhece o projeto do português Pedro Coquenão, este passa por uma mistura de ritmos e influências africanas, que alegremente se fundem com a música da cultura ocidental. Para além de músico, Coquenão é ativista, alertando frequentemente para questões relevantes no panorama africano e, principalmente, em Angola. É de lá que vem a sonoridade, foi lá que os seus genes ganharam inspiração (Pedro nasceu em Huambo, acabando por vir para terras lusas com pouco mais de um ano). Depois da passagem por Glastonbury, foi a vez de rechearem este palco alternativo com a alegria da música, criando dos ambientes mais felizes e mexidos que o NOS Alive já viu.

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«O dia é meu inimigo. A noite é minha amiga», dizem-nos os Prodigy no tema que dá nome ao novo album «The Day Is My Enemy», que veio pôr fim a uma abstinência de discos de seis anos. Talvez por isso se escondessem entre as obscuridade do palco e a névoa de desfoque que sobrevoava a sua área de ataque. Mas o impacto visual passava por todo aquele jogo de luzes epileticas que movimentava a maré de fãs do grupo ingles. Um grupo completo: para além das guitarras, a bateria, os synths, os mcs, as vozes revoltadas. E a fúria dos Prodigy chegou à plateia, que para além de cheia, se portou à altura do artista. Ninguém descansou, ninguém se sentou. Entre portugueses e os estrangeiros, todos se uniram na mesma dança da chuva com um mesmo fim: gozar em pleno um concerto que faz falta a muitos festivais. E se o som poderia ter estado mais alto, por outro lado a sua qualidade e intensidade justificou-o. Quanto ao alinhamento, esse foi longo e bem aviado: desde os poderosos clássicos «Smack My Bitch Up», «Voodoo People» ou «Invaders Must Die», correndo depois pelos alarmantes novos temas, como «Nasty» e «The Day Is My Enemy». E o publico, incansável, juntou-se à banda nesta estranha e satisfatória sensação de missão cumprida. Afinal de contas, os Prodigy deram uma das melhores exibições do festival, encerrando com orgulho o palco NOS.

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