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NOS Alive – Viajar com Mogwai e sonhar com Sam Smith
(Em actualização)
O cartaz do último dia do NOS Alive ganhou pela diversidade. Se no palco principal os nomes agradavam os mesmos que ali estavam para Sam Smith, no palco Heineken, pelo contrario, a variedade seria suficiente para satisfazer quem quer que ali estivesse com o propósito de ouvir boa música. Ouve o hip hop arranhado e alternative de Sleaford Mods pela tarde, Dead Combo a fazer mexer a malta numa transição menos ortodoxa, mas que rapidamente fez sentido com a entrada dos Mogwai no carrossel do post-rock. Jesus And The Mary Chain, nas suas celebrações dos 20 anos de Psychocandy arrastaram multidões sedentas de rock, mas com a sucessora Azealia Banks finalizava-se o banquete musical para todos os gostos e humores.
Às seis e meia da tarde, os ainda mornos Sleaford Mods ofereceram-se para despertar a malta que se começava a espraiar pelo palco secundário. No ano passado, a dupla esteve na corrida pelo Mercury Prize, mas perdeu-o para os Young Fathers, que no primeiro dia do festival arrancaram cabeças no mesmo palco, por volta da mesma hora. Para quem nao conhece o projeto, pode ser difícil explicar o que estamos de facto a ouvir quando ouvimos Sleaford Mods. De um lado, Jason canta, fala, ou berra, num tom tão jocoso quanto revoltado. Discute-se a vida com o sotaque carregado de Nottingham. Do outro lado, Andrew ri-se das danças esquizofrenicas de Jason enquanto assegura o speed da música, tomando conta das batidas eletronicas aceleradas e minimalistas. Para quem perdeu, para quem quer conhecer, recomendo uma receita semelhante à do NOS Alive, com «Routine Dean,«Bunch of Cunts,«Middle Man e «Tied Up In Notzz.
O palco NOS abriu em português com os HMB. A banda, que se tem vindo a afirmar no mercado nacional, conquistou portugueses e estrangeiros. Os temas «Dia D» e «Naptel Xulima» obrigaram o público a não tirar o pé do chão. Depois de um concerto com direito a duas baladas, «Não Me Deixes Partir» e «Talvez»,o grupo que tenta espalhar o soul e o R&B por terras lusitanas, saíu do palco com uma legião de fãs em crescimento.
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Quem já não tem muito público para cativar, são os californianos Counting Crows que mostraram o que fazem há mais de 20 anos. Com uma fraca interação com o público, compensaram com os êxitos «Mr. Jones», «Big Yellow Taxi» e «Accidentally In Love», que puseram milhares de vozes em uníssono.
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Um dos pontos altos desta terceira noite no palco principal do NOS Alive foi, sem dúvida, Sam Smith. O vencedor de quatro Grammys, deu um salto do palco Heineken para o palco NOS, no espaço de um ano. Claro que não faltaram os temas que têm invadido as rádios neste ultimo ano, como «I’m Not The Only One», «Like I Can», «Lay Me Down» ou «Stay With Me», mas o britânico não quis ficar por aqui, abrilhantando-nos a noite com «Tears Dry On Their Own» de Amy Winehouse e «Can’t Help Falling In Love» de Elvis Presley. Smith não conseguiu esconder a felicidade de estar a tocar no palco NOS e foi com uma mensagem de amor que nos deixou, para além da promessa de voltar brevemente.
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Os Disclosure fecharam esta edição do NOS Alive em grande. Durante uma hora e meia dançou-se no passeio marítimo de Algés, sem o regresso de Sam Smith ao palco para cantar «Latch». O duo britânico marcou esta noite com a sua música eletrónica a fazer fervilhar os pés cansados dos festivaleiros. Depois de um dia eclético no palco principal, com um pouco de tudo (desde R&B ao rock alternativo), os Disclosure foram a cereja no« topo do palco».
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Após um aquecimento em Disclosure, foram os Chromeo que, no palco Heineken, continuaram a sessão de dança ao ar livre. O duo sugou toda a energia que o público ainda tinha passando «Hot Mess», «Over Your Shoulder» e «Jealous». Foi assim que acabou mais uma edição do NOS Alive, para o ano há mais e sempre com boa música!