Especiais
“Juntos Por Todos”: uma noite mágica de solidariedade
A noite começou com os apresentadores a darem um exemplo histórico de união, quando os três canais generalistas se juntaram em palco para dar início à primeira emissão na história da televisão portuguesa que ia ser passada nos canais principais e em todas as rádios, ao mesmo tempo.
O primeiro artista a subir ao palco do MEO Arena foi Agir para começar o concerto que durou mais de três horas com a sua música “Como Ela É Bela”.
Relacionado: Já ouviram a nova música de Agir? Ouve aqui “Queres Ou Não Queres”.
Com o público já aquecido, Amor Electro subiu ao palco para cantar uma música muito adequada a esta noite de solidariedade, “Juntos Somos Mais Fortes”, que deixou o MEO Arena a vibrar.
Seguiram-se Ana Moura com “Desfasado”, Aurea com “I Didn’t Mean It”, Carlos do Carmo e Camané com “Por Morrer Uma Andorinha” e Carminho com “Meu Amor Marinheiro”.
Depois do fado português, as emoções estavam cada vez mais fortes quando o público aplaudiu os bombeiros nacionais de pé.
O público manifestou-se para aquela que é provavelmente a banda mais popular portuguesa, quando os D.A.M.A subiram ao palco. Miguel Coimbra, Miguel Cristovinho e Kasha, puseram o público todo a cantar “Não Dá”, antes de afirmarem: “Com Portugal dá sempre.”. Um mar de luzes encheu o MEO Arena para a acompanhar a atuação da banda.
Relacionado: Os D.A.M.A. ficaram mal vistos quando responderam mal a uma fã. Sabe mais aqui.
David Fonseca deu seguimento ao espetáculo com um “Someone That Cannot Love” cheio de emoção. Diogo Piçarra quis envolver-nos todos na mesma “História” e acabou a sua atuação a agradecer ao público: “Muito obrigado por fazerem parte da minha história.”
O fado voltou ao palco com Gisela João a cantar “O Senhor Extraterrestre”. A seguir à sua atuação, a cantora acabou com lágrimas nos olhos e com a voz a tremer de emoção. “Eu acredito que todos os portugueses estão aqui neste momento. Acredito de coração, é impossível de outra forma,” disse a fadista. “Às vezes chateia-me um pouco a forma como olhamos para nós próprios e acho que este momento é um exemplo de que nós somos muito grandes.”
O fado continuou com Hélder Moutinho, que cantou “O Que Sobrou Da Moraria” antes de o espetáculo parar para um intervalo, durante o qual os Beatbombers estiveram a animar a multidão de mais de 14 mil pessoas que enchia o MEO Arena.
De regresso à emissão, subiram ao palco João Gil e Luís Represas para cantar “Memórias De Um Beijo”. Depois da atuação, João Gil deixou uma mensagem “simples” aos portugueses: “Honrar os mortos e começar a agir”. De seguida, veio outro duo do rock português, Jorge Palma e Sérgio Godinho que cantaram um medley de “Portugal, Portugal” e “O Primeiro Dia” e deixaram o público todo a cantar a emblemática frase “Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida” que pareceu chegar ao coração de todos nós.
Luísa Sobral não pôde deixar de começar a sua atuação sem pedir um aplauso para as pessoas que estiveram por trás da organização do espetáculo e que passaram uma semana em que “não dormiram” para fazer “Juntos Por Nós” acontecer. A cantora que ganhou o Festival da Eurovisão ao lado do irmão, Salvador Sobral, deixou a audiência derretida com a sua música, “Cúpido”.
A seguir à atuação de Matias Damásio de “Loucos”, a apresentadora da RTP, Sílvia Alberto anunciou que os fundos angariados aquela noite estavam quase a chegar a um milhão de euros e pediu uma salva de palmas a todos os habitantes de Pedrogão Grande e Castanheira de Pêra que estavam presentes na sala de espetáculo aquela noite.
Relacionado: Matias Damásio quer abrir um centro para ajudar crianças autistas em Angola. Sabe mais aqui.
Foi a vez de Miguel Araújo por toda a gente a cantar com “Anda Comigo Ver Os Aviões” e depois da música foi o apresentador da SIC, João Manzarra, que teve o prazer de anunciar aos presentes no MEO Arena que o evento tinha chegado a um milhão de euros angariados. A reação foi explosiva, com uma grande ovação e 14 mil pessoas a gritar “Portugal”.
Depois do primeiro milhão, os Beatbombers voltaram a subir ao palco durante o segundo intervalo do espetáculo.
Relacionado: Os Beatbombers já lançaram o seu primeiro álbum. Ouve aqui.
Paulo Gonzo abriu a terceira e última parte de “Juntos Por Nós” com “Sei-te De Cor”. De seguida, subiu ao palco Pedro Abrunhosa, de óculos de sol como é habitual, para cantar “Toma Conta De Mim”. Depois de Pedro Abrunhosa, foi a vez de Raquel Tavares, com um top do “Junto Por Todos”, a fadista cantou “Meu Amor De Longe”.
O espetáculo já se aproximava do fim quando Rita Redshoes subiu ao palco para cantar “Woman”. Já só havia mais dois nomes a seguir à cantora, Rui Veloso, que cantou “O Meu Primeiro Beijo” e finalmente, Salvador Sobral, o artista que tantos aguardavam.
Salvador Sobral foi apaixonante e irreverente como já é esperado do cantor de 27 anos. Por momentos, a audiência temeu quando o vencedor da Eurovisão se sentou ao piano e começou a cantar um cover de “A Case Of You” de Joni Mitchell. Depois de todos os artistas terem cantado apenas uma música, o MEO Arena achou que não ia ouvir “Amar Pelos Dois” para terminar esta noite mágica.
O público não deixou de aplaudir a atuação apaixonante do cantor, mas os aplausos multiplicaram-se quando o cantor passou subtilmente de “A Case Of You” para “Amar Pelos Dois”.
Salvador cantou a sua própria versão da música enquanto a multidão em massa o acompanhava numa só voz. Após o solo de saxofone com a sua voz, o artista reagiu aos aplausos do público: “Eu sinto que posso fazer qualquer coisa que vocês aplaudem, vou mandar um peido para ver o que acontece.” A piada fez o público rir, mas também houve muitos que não gostaram do comentário.
Relacionado: Salvador Sobral pediu desculpa pela piada. Vê aqui o que ele disse.
O espetáculo terminou com mais uma bela demonstração de união e solidariedade, com os três apresentadores dos canais generalistas novamente juntos em palco, assim como todos os artistas que tocaram no “Junto Por Todos” para anunciar que durante a noite tinham sido angariados um total de 1 milhão e 153 mil euros para as vítimas dos incêndios que devastaram Portugal a semana passada.