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Sara Sampaio: “Sinto-me violada, maltratada e desrespeitada”
Sara Sampaio decidiu contar a sua experiência com a revista masculina Lui para expor o assédio do qual foi vítima.
Sara Sampaio é a capa da publicação francesa. No entanto, as fotografias foram publicadas sem o seu consentimento e estão em direta violação do contrato que tinha.
“Hoje, sinto-me obrigada a partilhar uma experiência recente que tive com a revista masculina francesa, Lui. Quero que todos os modelos e todas as mulheres saibam que têm o direito de fazer as suas próprias escolhas sobre o seu corpo e a sua imagem”, escreveu.
“Eu tinha concordado em fotografar a capa da edição de outono da Lui, com a condição de que não haveria NUDEZ. A minha agência e eu insistimos em ter um acordo claro para me proteger a fim de controlar a escolha que fiz em não ser fotografada nua,” explicou a modelo portuguesa.
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Mesmo com o acordo feito, Sara conta que quando chegou ao estúdio, a pressionaram para pousar nua. “Perguntaram-se porque é que não queria mostrar os mamilos ou ficar completamente nua. Durante a sessão fotográfica, precisei de me defender constantemente e repetir os meus limites em relação às imagens com nudez, certificar-me que me tapava o melhor que conseguia.”
Quando viu as imagens finais, a modelo notou que mesmo com o seu esforço para se manter tapada tinham havido algumas “exposições acidentais”, mas a revista garantiu-lhe que essas fotos não seriam usadas. Mas mentiram, e acabaram por usar algumas dessas imagens.
Sara Sampaio adiantou que esta não foi a única vez que foi pressionada a mostrar o seu corpo. “Em muitas ocasiões onde as sessões fotográficas não eram para ter nudez, eu chegava ao estúdio e o fotógrafo ou o estilista pressionavam-me, persuadiam-se ou exigiam que pousasse nua porque o tinha feito no passado. Sofria de bullying. Muitas vezes, mostravam-me fotografias minhas nua como exemplos para me obrigar a pousar nua.
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“Só porque consenti pousar nua no passado, isso não dá a ninguém a permissão de assumir que o vou fazer outra vez”, esclareceu.
A modelo está agora a trabalhar com a sua agência e o seu advogado para processar a revista. “O que eles me fizeram é inaceitável. Sinto-me violada, maltratada e desrespeitada como profissional e como mulher. Quero fazer o que posso para prevenir que isto aconteça outra vez, a mim e a outros.”
Sara voltou a reforçar que isto não é um caso isolado e que acontece quase diariamente a quase todos os modelos na indústria.
Vê aqui as fotos da revista Lui:
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